10/01/13

factos sobre mim

Aspiro o meu quarto mais de duas vezes por semana. A primeira coisa que faço quando me levanto é prender o cabelo e vestir um casaco. Deito sempre creme ao fim do banho. Durmo sempre para o meu lado direito e coloco o telemóvel no lado esquerdo. Sou viciada em fitas de cetim. Raramente vejo televisão. Ando sempre de meias. A porta do meu quarto está sempre fechada, quer esteja sozinha em casa, quer não. Tranco a porta de casa logo que chego. Quase nunca tomo pequeno almoço. E ao domingo, raramente janto. Tenho sono leve. Respondo a todas as mensagens que recebo de madrugada e com consciência. E se não tiver uma mensagem de bom dia quando acordo de manhã fico mal disposta para o resto do dia. Sou paranóica com o meu corpo. Tem dias que não me olho ao espelho. Posso passar o dia a dormir que ainda assim estou cansada. Raramente falo alto para as pessoas. E odeio que falem alto para mim. Sou ótima a ignorar. Quando sei que tenho razão - e penso sempre que tenho razão - não discuto. Simplesmente tomo medidas. Não suporto mentiras. Jamais admito que me façam passar por otária. Não dou a mínima para quem fala mal, até pelo contrário, dou o máximo. Quer falar? Pode falar, se quiser dois beijos na cara também dou. Sempre acho que pessoas precisam de exemplos. E na minha vida inteira, só guardei rancor de duas fãs frustradas. E ainda estou a ponderar se vale a pena esse esforço de lhes dar essa importância. Não aceito ser segunda opção. E não luto com concorrência. Sou de extremos. Ou é, ou nunca vai ser. Mas se tiver pra ser, não desisto. Não admito faltas de respeito. E desapego bem fácil. Não é necessário me dizerem o que eu quero ouvir, mas cuidado com aquilo que dizem também. Escolho bem as palavras. E quando magoo alguém ao falar, é porque estou no limite. Qualquer atitude que uma pessoa tenha perante mim, na minha cabeça, traz água no bico, mas dou sempre o beneficio da dúvida. Raramente acredito nas pessoas. A não ser que me seja dito olhos nos olhos. Dou gargalhada bem alto. E sou capaz de me rir da mesma coisa infinitas vezes e num tempo indeterminado. Não faço mal a ninguém conscientemente, mas sinto pena de muita gente - tem coisa pior?! - honestamente, as coisas tem quase sempre que ser à minha maneira, não é por mal, não. Mas custa-me muito habituar-me a outras pessoas, a outros cheiros, a outros risos, a outros jeitos, embora respeite, e se morar no meu coração, aceito e cumpro à risca todas as regras, se fizer o mesmo por mim. Se ceder o mesmo por mim, se quiser o mesmo de mim. Mas aviso em antemão, que tem coisas que eu n-u-n-c-a vou mudar, não que não possa, não quero mesmo. Amor com amor se paga. E agora? Ainda quer mergulhar neste tsunami? Véi, pense bem nisso. Não é que eu não esteja disposta a ceder por você. E não é que eu não tenha força para fazer isto valer a pena. Só que eu acho que não é qualquer um que dá conta do recado. Não é qualquer um que consegue aguentar-me. Amar-me. E eu odeio perder tempo com quem não tem estofo para o bicho do mato que eu sou. Não há margem de erro, entende? Não tenho paciência para correcções milimétricas. Não mais. É só isso. Só estou a ser sincera.



com todo o meu coração , bé

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