06/12/12

vou deixando

Eu sempre me bastei. Nunca gostei de precisar de ninguém. A verdade é que sempre fui tão eu-eu-comigo que agora eu me olho presa, a fios de aço, em uma coisa que nem minha é. E ai eu fico assistindo essa coisa consumir todo resto de independência que restou em mim, sem fazer nada. Só assisto. Esperando que isso pare pra eu poder voltar pra minha casa sem a menor saudade de nada e de ninguém. Mas sozinha fica difícil brigar contra isso. E então eu te peço uma mão, e um pouco do braço também. E o sorriso. Aquele sorriso. Só assim eu consigo me lembrar porque sempre deixo essa coisa, você, me consumir assim sempre. Só assim eu me lembro porque é tão bom abrir mão de um pouquinho de mim, pra ser mais nós. E assim eu vou assistindo. Vou deixando…


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